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Álcool: Uma Verdade Crua Sobre Seu Impacto no Corpo e nos Hormônios (O que Ninguém Te Conta!)

Você já parou para pensar no verdadeiro impacto do álcool no seu corpo e na sua saúde? No cenário atual, onde a bebida alcoólica é frequentemente associada à socialização e celebração, assim como a comida, é comum que a discussão sobre seus efeitos mais profundos seja evitada. No entanto, o conhecimento sobre como o álcool age no organismo é crucial para fazer escolhas conscientes. Este artigo se propõe a desvendar a complexa relação entre o álcool e o seu bem-estar, revelando o que a ciência e a bioquímica nos mostram sobre seus efeitos inflamatórios e hormonais.


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Absorção e Metabolismo: A Química por Trás da "Recompensa" e do Dano


A absorção do álcool é surpreendentemente rápida: 20% ocorre no estômago e os outros 80% no intestino. Em apenas cinco minutos, o álcool já está no seu corpo, com um pico de efeito entre 30 e 60 minutos, dependendo de fatores como sexo e peso. A eliminação total pode levar de 6 a 9 horas.


E atenção para quem busca um corpo em forma: o álcool é calórico! Com 7,1 kcal por grama, ele é mais denso caloricamente que o carboidrato (4 kcal/g) e se aproxima da gordura (9 kcal/g). Ou seja, ele entrega mais calorias do que muitos "demonizados" carboidratos.


Gestação: Zero Tolerância


Para gestantes, a mensagem é clara e urgente: não existe nenhuma dose segura de álcool. O álcool consegue atravessar a membrana placentária e chegar ao feto exatamente nas mesmas proporções que se encontra no sangue da mãe. Para um serzinho em formação, com peso muito menor (ex: 1 kg), essa concentração é exponencialmente mais tóxica, iniciando um processo de neurotoxicidade. É uma responsabilidade que exige total abstinência.


O Álcool como Droga Bifásica: Prazer Imediato, Prejuízo no Longo Prazo


O álcool é classificado como uma droga bifásica, e toda droga bifásica representa uma ameaça ao ser humano e à sociedade.


  • Fase 1: O "Bem-Estar" e a Dopamina (Início do consumo, pouca quantidade): Quando se bebe pouco álcool, ocorre a abertura dos canais de cálcio, permitindo sua entrada. Essa abertura leva a uma despolimerização que aumenta a liberação de dopamina. A dopamina é um neurotransmissor que proporciona uma grande sensação de recompensa e bem-estar, fazendo com que as pessoas se sintam mais hilárias, descontraídas, extrovertidas, e percam a timidez e o senso de autocrítica. É por isso que o álcool é muito usado por pessoas tímidas e por aqueles que buscam essa sensação de bem-estar, inclusive diariamente, em pequenas quantidades.

  • Fase 2: Distimia e Depressão (Consumo excessivo): Infelizmente, essa primeira fase pode levar à segunda. A fase de liberação de dopamina satura, e o aumento do influxo nos canais de cloreto, atuando nos receptores GABA, muda a experiência de "alegria e extroversão" para um estado de distimia e depressão. É comum observar isso em alcoólatras, que se tornam mais melancólicos e chorosos nessa fase. É importante identificar em que fase se está, se for o caso.


Coma Alcoólico: A Pane Hepática e a Falta de Energia


Mulheres têm mais sensibilidade ao álcool, não como regra, mas porque possuem quantidades muito menores da enzima álcool-desidrogenase no estômago, que já inicia a degradação do álcool para sua excreção. Isso faz com que a mesma quantidade de álcool gere um efeito mais intenso em mulheres.


O coma alcoólico, que leva muitos ao hospital, ocorre porque o álcool no fígado inibe um grupo de enzimas que promovem a gliconeogênese – a nova formação de glicose a partir de aminoácidos e gorduras, uma via alternativa essencial para gerar ATP (nossa energia) quando a glicose da alimentação acaba. Se a pessoa bebe sem comer ou continua bebendo após consumir a energia da janta, ela inibe essa via crucial. O corpo não consegue produzir energia e a pessoa "apaga" entrando em coma. É uma situação muito comum na adolescência, quando não há habilidade para beber ou comer adequadamente.


O Acetaldeído: O Grande Vilão da Toxicidade


O metabolismo do álcool (etanol) no fígado é uma rota de toxicidade. Primeiro, a enzima álcool-desidrogenase (presente no estômago e no fígado) transforma o etanol em acetaldeído (também conhecido como "etanal").


O acetaldeído é o verdadeiro problema. No hepatócito (célula do fígado), ele causa peroxidação lipídica (inflamação da gordura), fibrose e inflamação, elevando marcadores como ferritina, proteína C reativa e fibrinogênio.


Mas não para por aí: o acetaldeído consegue atravessar a barreira hematoencefálica (a "peneira" que filtra o sangue para o cérebro) e causar neuroinflamação no cérebro. É essa neuroinflamação que provoca a ressaca e a dor de cabeça no dia seguinte. No fígado, inflamação e fibrose; no cérebro, neuroinflamação, enxaqueca e ressaca.


Em seguida, o acetaldeído é transformado em ácido acético pela enzima aldeído-desidrogenase.


Vitaminas B3 e o Ciclo da Energia: O Esgotamento Pelo Álcool


Tanto a álcool-desidrogenase quanto a aldeído-desidrogenase dependem da vitamina B3 (niacina), na forma de NAD. O ácido acético, por sua vez, pode ser convertido em acetil-CoA, entrando na via de produção de ATP e, num primeiro momento, até tirando a fome. O problema é que o consumo excessivo de álcool gera um acúmulo de acetil-CoA, que o corpo não consegue converter totalmente em ATP. Esse excesso é desviado para a formação de ácido lático.


O ácido lático rapidamente se transforma em lactato, liberando um íon hidrogênio, o que causa acidificação no fígado. Esse meio ácido dificulta o trabalho das enzimas hepáticas, levando a uma "pane hepática". No sangue, o ácido acético também libera H+, tornando o sangue mais ácido e gerando inflamação, o que afeta a fluidez e pode causar edema nas pernas (inchaço).


Além disso, o acetato (derivado do ácido acético) é um quelante natural de minerais como sódio e potássio, facilitando sua excreção na urina (por isso faz mais xixi ao beber). Essa excreção, combinada com a diminuição do aporte de vitaminas importantes para o cérebro (como a vitamina B1), pode levar a uma desaceleração do sistema nervoso central, tornando o indivíduo lento, mesmo fora do efeito do álcool.


Álcool e Cérebro: Síndrome de Wernicke-Korsakoff e Demência


O consumo frequente de álcool causa lesões no estômago e intestino, comprometendo a absorção de vitaminas do complexo B, especialmente a tiamina (vitamina B1). A tiamina é essencial para que o piruvato (derivado da glicose) entre na mitocôndria e se transforme em ATP. Sem tiamina, o piruvato vira ácido lático, acidificando o ambiente cerebral e favorecendo a Síndrome de Wernicke-Korsakoff. Essa síndrome é comum em grandes consumidores de álcool e acelera drasticamente processos demenciais. Casos como os de indivíduos que perdem a memória e se tornam agressivos, com o cérebro consumido pelo excesso de álcool, são um triste exemplo dessa neurotoxicidade.


Performance e Hormônios: O Álcool Contra Seus Ganhos


Para quem busca performance e definição muscular, o álcool é um inimigo. As enzimas álcool-desidrogenase e aldeído-desidrogenase utilizam vitamina B3 (NAD). Essa mesma vitamina B3 é indispensável para as enzimas (hidroxiesteroides desidrogenases) que convertem colesterol em testosterona – o hormônio responsável pela massa muscular.

Além disso, o colesterol oxidado (que o álcool favorece com a peroxidação lipídica no fígado) não vira testosterona; ele se deposita nas artérias, formando placas que levam ao infarto.


Por fim, a queda de dopamina após o consumo de álcool aumenta a prolactina. A prolactina, por sua vez, diminui os hormônios luteinizante (LH) e folículo-estimulante (FSH), que estimulam as células dos testículos (Leidig e Sertoli) a secretar testosterona. Ou seja, o álcool atua em múltiplas frentes para reduzir a testosterona.


E para as mulheres, o impacto estético é ainda mais visível. Mulheres que usam métodos contraceptivos hormonais já têm uma circulação comprometida nas pernas e o álcool piora o edema e a celulite, além de reduzir a testosterona, que também é importante para elas.


Vinho Tinto e Resveratrol: Um Mito Desvendado


Existe um mito de que beber um cálice de vinho tinto todos os dias é bom para o coração, por conter polifenóis, tanino e resveratrol. O resveratrol, um antioxidante que tem impacto na preservação do miocárdio e diminui o risco cardíaco, é o "culpado" por esse mito.


No entanto, nenhum estudo sério embasa que o consumo de vinho traga esse benefício, pois o álcool em si traz danos. Se o objetivo é o resveratrol, você pode consumir 10 grãos de uva preta por dia e obter o antioxidante sem o álcool. O vinho tinto, além do álcool, contém frutose da uva sem fibra, o que não é interessante para o fígado, assim como sucos de frutas sem fibra. E se somarmos isso a um prato de macarrão ou pizza, a sobrecarga de carboidratos e o dano hepático e neuronal são imensos.


A Decisão É Sua


Não existe dose benéfica de álcool para o corpo. Quanto mais você bebe, mais alterações e danos você terá. É uma relação dose-dependente. O corpo é um sistema complexo e cada indivíduo reage de forma proporcional ao consumo. Esta é a verdade sobre o álcool, baseada em rotas metabólicas bioquímicas, não em invenções. Está nos livros de bioquímica.


Se este artigo te fez refletir, compartilhe com amigos e familiares, especialmente aqueles que precisam desse conhecimento.


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