Não Culpe o Cortisol: É o Estresse que o Desregula e Impede Você de Emagrecer
- Amelia Bretas
- 24 de mai.
- 5 min de leitura
No universo da saúde e do bem-estar, muito se fala sobre o cortisol, frequentemente rotulado como o "hormônio do estresse". Mas e se eu te dissesse que essa relação é mais complexa do que parece? A verdade é que não é o cortisol que comanda o estresse no seu corpo. Na realidade, é o estresse – em suas múltiplas formas – que dita o ritmo e a demanda do seu cortisol. E, ao fazer isso, ele pode se tornar um grande vilão para quem busca emagrecer, sabotando seus esforços e tornando a perda de peso uma batalha ainda mais difícil. Compreender essa dinâmica é fundamental para otimizar sua energia, seu bem-estar geral e, sim, seu processo de emagrecimento.

A Adrenal no Fio da Navalha: O Papel do Estresse e do Magnésio
Pense no cortisol como um hormônio essencial, produzido pela sua glândula adrenal e vital para diversas funções do organismo, desde a regulação da imunidade até a produção de energia. No entanto, quando o estresse entra em cena – seja ele emocional, como as pressões do dia a dia; químico, como uma alimentação desequilibrada; ou físico, como o esforço de uma ultramaratona – ele assume o controle e impulsiona a atuação do cortisol. Um dos efeitos diretos dessa sobrecarga de estresse é a deficiência de magnésio.
E por que ele é tão importante? Porque o magnésio é um mineral fundamental! Ele ajuda a controlar a liberação de outras substâncias do estresse (as catecolaminas) e é essencial para que suas adrenais funcionem bem e produzam cortisol na medida certa. Em outras palavras, sem magnésio suficiente, o sistema de resposta ao estresse fica desregulado. A deficiência de magnésio está ligada tanto ao empobrecimento dos solos quanto à alimentação moderna,rica em carboidratos refinados e alimentos ultraprocessados. Em contraste, uma alimentação ancestral, especialmente focada em carnes de qualidade, é naturalmente rica em magnésio e outros nutrientes vitais, o que pode suprir deficiências e diminuir a necessidade de suplementação.
O cortisol também é um poderoso anti-inflamatório e tem um papel direto na produção de energia dentro das suas células (nas mitocôndrias). Se você se sente constantemente fadigado, com problemas de imunidade ou condições autoimunes, é vital investigar a função do seu cortisol. Mas cuidado! Exames de sangue (nível sérico) ou saliva do cortisol podem ser enganosos e ajudam pouco. O que realmente importa é a demanda metabólica que seu corpo tem por ele e como ele está sendo utilizado. O cortisol precisa se "encaixar" em receptores de praticamente todos os outros hormônios para que eles funcionem adequadamente, incluindo o GH e o IGF-1. Sem um cortisol funcional, outros hormônios importantes simplesmente não conseguem exercer sua ação ideal.
O Cortisol e o Emagrecimento: Por Que a Barriga Não Some?
Aqui chegamos a um ponto crucial para quem busca emagrecer: o estresse e o cortisol podem ser grandes sabotadores. Quando o corpo está sob estresse contínuo, o cortisol aciona o nosso sistema de "luta ou fuga". Esse mecanismo,essencial para a sobrevivência em situações de perigo, faz com que o corpo imagine que está entrando em um período de escassez. Diante dessa "ameaça", o organismo passa a poupar energia e, consequentemente, acumula gordura,principalmente na região abdominal – a famosa "barriga de cortisol". Ou seja, seu corpo entende que precisa armazenar energia para tempos difíceis, e isso impede o emagrecimento, mesmo com dieta e exercício.
Estratégias Práticas: Fortalecendo Suas Adrenais e Seu Cortisol
A boa notícia é que você tem ferramentas poderosas para ajudar seu corpo a lidar melhor com o estresse e otimizar a função do cortisol. Uma das abordagens mais eficazes é a incorporação de adaptógenos na sua rotina. Pense neles como "treinadores" para o seu sistema de estresse. Eles não são uma reposição de cortisol, mas sim agentes que trabalham na reparação e no equilíbrio do seu organismo frente ao estresse.
Aqui estão alguns adaptógenos que podem ser seus aliados:
Ashwagandha: Este adaptógeno, amplamente utilizado na medicina indiana e com forte suporte científico, tem ação sedativa. É excelente para auxiliar na recuperação da adrenal e promover relaxamento. É uma ótima opção para quem lida com ansiedade e problemas para dormir. Você pode considerar doses de 250 a 500 mg, de uma a três vezes ao dia, de acordo com a necessidade.
Rhodiola Rosea: Com uma ação mais estimulante, a Rhodiola é ideal para aumentar a energia e a força,funcionando até como um bom pré-treino natural. As doses podem variar de 300 a 600 mg por dose, até três vezes ao dia.
Ginseng Siberiano (Eleutherococcus): Conhecido por impulsionar a energia e a força. A dose geralmente fica entre 250 e 500 mg, três vezes ao dia.
Cordyceps: Este adaptógeno é interessante porque melhora a ação dos receptores hormonais em geral. Ele pode ter um impacto positivo no cortisol e até mesmo no desempenho sexual. O Ginseng Panax também é uma boa opção para esse fim, em doses de cerca de 1g, duas a três vezes ao dia.
Um alerta importante: A qualidade dos adaptógenos é fundamental. Prefira sempre extratos padronizados, pois produtos de baixa qualidade (como folhas maceradas) não trarão os resultados esperados. É crucial buscar a orientação de profissionais de saúde antes de iniciar o uso de qualquer fitoterápico, pois, mesmo sendo da natureza, eles são poderosos e agem como remédios. E lembre-se: é uma boa prática fazer um rodízio dos fitoterápicos a cada 3 meses, dando um intervalo de 1 a 3 meses antes de usá-los novamente, para manter sua eficácia.
A Verdadeira Leitura dos Sinais do Seu Corpo
Para realmente entender como seu cortisol e suas adrenais estão funcionando, você precisa ir além do exame básico de cortisol. Peça ao seu médico para incluir também:
ACTH (Hormônio Adrenocorticotrófico): Esse hormônio é produzido pelo cérebro (hipotálamo) e estimula a adrenal a liberar cortisol. Se o seu ACTH está alto (por exemplo, 5 ou 6), mesmo com o cortisol aparentemente normal (tipo 18 ou 20), isso é um sinal de que suas adrenais estão sobrecarregadas e o cérebro está trabalhando duro para "empurrar" a produção de cortisol.
DHEA Sulfato: Este hormônio é um precursor importante de outros hormônios e também é produzido pela adrenal. Uma queda nos níveis de DHEA é um forte indicativo de que suas adrenais podem não estar funcionando tão bem quanto deveriam, mesmo que o cortisol ainda não mostre uma queda significativa.
É um mito que as glândulas adrenais envelhecem e perdem função com a idade. O que pode acontecer é que, com o estresse crônico, o corpo pode usar menos cortisol, fazendo com que ele "sobre" no sangue. Assim, os exames podem mostrar níveis normais ou até aumentados de cortisol, enquanto a capacidade real de produção e uso eficiente está comprometida. O estresse, principalmente, leva à perda de função da adrenal.
Compreender essa complexidade e adotar estratégias que apoiam suas adrenais, como o uso de adaptógenos e uma alimentação ancestral rica em magnésio, pode ser a chave para recuperar sua energia, fortalecer sua imunidade e construir um bem-estar duradouro.
Quer aprender mais sobre como a alimentação ancestral, o jejum inteligente e outras ferramentas podem transformar sua saúde e te levar a um emagrecimento rápido e duradouro? Siga-me nas redes sociais e acompanhe meu blog!
Eu sou Amélia Bretas,
Ajudo pessoas a conquistarem emagrecimento rápido, bem-estar físico e emocional, combinando alimentação ancestral, jejum inteligente e desenvolvimento pessoal.
Quer saber mais e começar sua transformação? Clique aqui e saiba mais e inscreva-se na minha Mentoria de Desenvolvimento Pessoal, Bem-Estar e Saúde!



Essa sacada: "é o estresse – em suas múltiplas formas – que dita o ritmo e a demanda do seu cortisol" me ajudou demais! Não adianta culpar o cortisol e sim entender o porque ele está desregulado. Amélia, você já leu sobre casos em que de tanto conviver com o cortisol alto o nível cai drasticamente e os sintomas são parecidos? De fadiga por exemplo.
Conteúdo maravilhoso, obrigada por compartilhar tanto conosco 👏👏👏👏👏