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Nosso intestino não é de herbívoro e a alimentação ancestral revela a verdade

A saúde digestiva vai muito além de "ir ao banheiro todo dia". Na verdade, essa é uma percepção perigosamente limitada que tem levado muitas pessoas a viverem em um ciclo de inflamação e desconforto, sem sequer perceber. O que a maioria considera normal no funcionamento intestinal pode ser, na verdade, um sinal claro de que algo não está certo em sua base alimentar.


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A confusão dos estômagos e intestinos


Temos observado que a confusão começa quando a alimentação moderna nos transforma em uma espécie de híbrido biológico. O ser humano, ao adotar uma dieta rica em vegetais, acaba desenvolvendo um estômago com características de herbívoro, ou seja, com menor produção de ácido clorídrico. O grande problema é que nosso intestino não acompanha essa "evolução" alimentar. Enquanto herbívoros possuem intestinos imensamente longos para digerir fibras complexas e extrair nutrientes, nós, seres humanos, mantemos um intestino mais curto, projetado para uma digestão rápida e eficiente de alimentos de origem animal.


Quando esse descompasso ocorre, ou seja, um estômago de herbívoro e um intestino de carnívoro, o sistema digestivo entra em colapso. A digestão torna-se ineficiente e o corpo luta para processar o que não está fisiologicamente preparado para receber.


O que seu intestino realmente está dizendo?


Muitas pessoas acreditam ter um intestino saudável simplesmente porque evacuam diariamente. No entanto, a realidade é que, em muitos desses casos, a evacuação diária é um sintoma de inflamação intestinal. O corpo está literalmente tentando expulsar o que o irrita. Por outro lado, a constipação ocorre quando essa inflamação se torna tão crônica que o intestino, exausto, simplesmente "desiste" de estimular a eliminação, retendo tudo. Diarreia e evacuação excessiva também são manifestações dessa mesma doença inflamatória intestinal, apenas com sintomas diferentes.


Uma saúde digestiva comprometida afeta todo o corpo. Como esperar que o cérebro, o coração, os rins e o fígado funcionem bem se a absorção de nutrientes está prejudicada?  A saúde completa do organismo depende diretamente da eficiência do sistema digestivo.


A dieta carnívora: um espelho para a saúde intestinal


A dieta carnívora tem se mostrado uma ferramenta reveladora para a saúde intestinal. Ao eliminar os alimentos que causam inflamação, ela expõe os problemas que antes estavam mascarados. É comum que, ao iniciar uma alimentação ancestral baseada em carne, as pessoas experimentem uma "crise de desintoxicação", com sintomas digestivos que antes eram "normais", mas que agora se manifestam de forma mais clara, pois o corpo está se curando e se livrando do que o agredia.


A frequência "saudável" de evacuações para um carnívoro não precisa ser diária, embora geralmente seja. O mais importante é que a eliminação ocorra sem dor, sem esforço, e com fezes bem formadas, em pequeno volume. A alta absorção dos nutrientes da carne resulta em menos "sobra" para ser eliminada. Maior evacuação revela alimentação que não foi efeciente, pois não foi absorvida nutricionalmente e há considerável "lixo" para ser eliminado.


O erro do pH estomacal e a busca por probióticos


A digestão saudável começa no estômago, com a produção adequada de ácido clorídrico (HCl). O pH do estômago humano é extremamente ácido, variando entre 1,5 e 2. Quando consumimos carboidratos o corpo diminui a produção de HCl, pois esses alimentos não demandam tanta acidez para sua digestão, e o processo de produção de ácido gasta muita energia. Isso transforma o estômago em um ambiente menos ácido, semelhante ao de um herbívoro.


Nesse cenário de baixa acidez, surgem problemas como gastrite e esofagite, doenças tipicamente associadas ao consumo de carboidratos. O refluxo não é um problema de excesso de ácido, mas sim de acidez insuficiente, que faz com que o alimento permaneça muito tempo no estômago e acabe irritando o esôfago. O uso de medicamentos como para "queimação"agravam ainda mais a situação, elevando o pH estomacal a níveis neutros, o que impede completamente a digestão adequada, gerando uma série de deficiências nutricionais.


A preocupação excessiva com a flora bacteriana e a reposição de probióticos muitas vezes ignoram o ponto central: sem um pH estomacal adequado, é impossível ter uma flora intestinal saudável. A verdade é que ainda não temos uma compreensão completa do que é uma flora bacteriana "100% saudável" para o ser humano, pois a maioria das pesquisas é baseada em indivíduos com dietas "normais" (ou seja, ricas em carboidratos).


Se a alimentação for verdadeiramente saudável e alinhada à nossa fisiologia, o terreno intestinal será fértil para as bactérias corretas. Exames de flora bacteriana são, na verdade, um dos últimos a serem solicitados, pois o foco inicial deve ser o ajuste da base alimentar.


O mito da água alcalina e a importância da água mineralizada


Outro grande "modismo" que se propagou no mundo da saúde é a da água alcalina. A ideia de que ela é benéfica para a saúde digestiva é um mito perigoso. Consumir água alcalina neutraliza o pH do estômago, o que é desastroso para a digestão.


A verdade por trás desse mito está no fato de que o pH do nosso sangue é levemente alcalino (em torno de 7.2-7.4) e áreas de células doentes tendem a ter um pH mais baixo. No entanto, é a saúde geral do corpo que influencia o pH, e não o contrário. O que realmente normaliza o pH no corpo são minerais e vitaminas, não a água em si.


A água ideal para a digestão deve ser o mais neutra possível ou ligeiramente ácida e o mais importante é que seja de alta qualidade, filtrada e rica em minerais. Minerais como magnésio, sódio, potássio, fósforo, e vitaminas do complexo B, além da função mitocondrial e antioxidantes, são os verdadeiros responsáveis por equilibrar o pH do corpo.


A indústria da doença e o controle social


É lamentável constatar que o sistema de saúde atual muitas vezes se foca em tratar a doença em vez de promover a saúde. Isso é uma herança de um modelo que historicamente ensinou a contar calorias e a prescrever soluções paliativas, sem investigar a raiz dos problemas.


A pirâmide alimentar, que privilegia carboidratos e demoniza a carne, foi criada com base em interesses econômicos da indústria da agricultura, notadamente pela Kellogg's, cujo fundador era um pastor que associava o consumo de carne a uma suposta "libido excessiva". Essa narrativa foi convenientemente apoiada pela indústria farmacêutica, que lucra com as doenças geradas por uma alimentação inadequada.


O resultado? Uma população com menor capacidade cognitiva, raciocínio lentificado e maior incidência de demência, mais fácil de ser controlada e menos capaz de questionar os interesses estabelecidos. A dieta baseada em carboidratos cria pessoas doentes, que servem aos interesses da indústria farmacêutica.


Desparasitação e suplementação: cuidado com os modismos


O uso indiscriminado de probióticos, prebióticos e protocolos de desparasitação é outro modismo perigoso. Nosso sistema digestivo naturalmente contém protozoários, helmintos e bactérias que são parte de um ecossistema saudável. Desparasitar sem necessidade é aniquilar essa flora natural, causando um desequilíbrio ainda maior. Apenas em casos de crescimento patológico, confirmado por exames e com sintomas claros, a desparasitação deve ser considerada. Para um carnívoro, a necessidade de desparasitação é quase nula.


Suplementos como enzimas digestivas e betaína também devem ser utilizados com cautela e sob a orientação de um bom profissional de saúde. A dose e a necessidade são individuais e a suplementação sem critério pode ser mais prejudicial do que benéfica.


A jornada para a saúde digestiva plena começa com a compreensão de que a alimentação ancestral, rica em carnes e gorduras, é o caminho mais alinhado à nossa fisiologia. É um processo que demanda paciência e, em muitos casos, o acompanhamento de um bom profissional de saúde para tratar os problemas que foram maquiados por anos de hábitos inadequados. Comece essa transformação e sinta a verdadeira diferença em seu corpo e mente!


Eu sou Amélia Bretas,

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