Diabetes: Desvendando a Doença Metabólica e o Caminho Ancestral para a Saúde
- Amelia Bretas
- 29 de mai.
- 4 min de leitura
A jornada para compreender o diabetes vai além dos níveis de glicose no sangue. Como entusiasta da alimentação ancestral e do jejum inteligente, tem-se estudado a fundo como os hábitos modernos se distanciam da nossa fisiologia inata, contribuindo para o crescente número de casos de diabetes, especialmente o Diabetes Tipo 2. A boa notícia é que, ao entendermos a raiz do problema, pode-se trilhar um caminho de prevenção e, em muitos casos, de reversão.

A Resistência Insulínica: O Ponto de Partida
Especialistas explicam de forma clara que o Diabetes Tipo 2 frequentemente se inicia com a resistência insulínica. Nossos corpos se tornam menos responsivos à insulina, o hormônio chave que permite a entrada da glicose nas células para produção de energia. Esse fenômeno pode ocorrer no fígado, nos músculos e no tecido adiposo, isoladamente ou em conjunto.
Imagine a insulina como a chave que abre a porta das células para a glicose. Na resistência insulínica, as fechaduras ficam "emperradas", dificultando a entrada da glicose. O pâncreas, em resposta, produz mais e mais insulina na tentativa de forçar a entrada, levando a um ciclo vicioso.
É crucial entender que exames de glicose de jejum podem, em um primeiro momento, parecer normais, mesmo diante de uma resistência insulínica significativa. Por isso, a avaliação da insulina de jejum e de outros marcadores pode oferecer uma visão mais precoce e precisa da saúde metabólica.
O Fígado e a Gliconeogênese Desregulada
O fígado tem a capacidade vital de produzir glicose a partir de outros substratos (gliconeogênese), especialmente durante o jejum, para manter os níveis de energia. No entanto, na presença de resistência insulínica, a insulina perde a capacidade de sinalizar ao fígado para reduzir essa produção após uma refeição. O resultado é um aumento ainda maior da glicose no sangue, somando-se àquela proveniente da dieta.
Essa produção contínua de glicose pelo fígado, mesmo quando não necessária, é um dos pilares da hiperglicemia no Diabetes Tipo 2.
A Inflamação Silenciosa e a Gordura Visceral
Especialistas também destacam o papel da inflamação induzida pela resistência insulínica. Citocinas inflamatórias, como a interleucina-6 e o TNF-alfa, prejudicam a função dos receptores de insulina nas células musculares e adiposas, agravando ainda mais a dificuldade da glicose em entrar.
A gordura visceral, aquela acumulada na região abdominal, é uma das principais fontes dessa inflamação crônica de baixo grau. Adotar uma alimentação ancestral, rica em nutrientes e pobre em alimentos ultraprocessados, e praticar o jejum inteligente são estratégias poderosas para reduzir essa gordura e a inflamação associada.
As Consequências da Glicose Elevada: Uma "Caramelização" do Corpo
A persistência da glicose alta no sangue leva a um processo de glicação, onde a glicose se liga a proteínas, alterando sua estrutura e função. Entende-se algumas consequências alarmantes desse processo:
Redução do HDL ("colesterol bom"): A glicação da apolipoproteína A-1 impede a formação adequada do HDL, aumentando o risco cardiovascular.
Rigidez Arterial: A glicação da lisina, um aminoácido essencial para o colágeno, leva à formação de radicais livres (AGEs) como o metilglioxal, prejudicando a elasticidade das artérias e contribuindo para doenças cardiovasculares.
Aumento do Risco de Trombose: A glicose alta eleva os níveis da proteína PAI-1, que inibe a plasmina, dificultando a dissolução de coágulos sanguíneos.
Microangiopatias e Neuropatias: O excesso de glicose danifica os pequenos vasos sanguíneos (retina, rins) e os nervos, causando problemas de visão, insuficiência renal e perda de sensibilidade (como no pé diabético).
Essa "caramelização" sistêmica do corpo é um forte argumento para a adoção de hábitos que mantenham a glicemia em níveis saudáveis, alinhados com a sabedoria ancestral.
Diabetes Tipo 1 e Gestacional: Outras Perspectivas
O Diabetes Tipo 1, uma condição autoimune onde o pâncreas não produz insulina, exigindo a administração exógena desse hormônio. A gliconeogênese descontrolada pode levar à perda de massa muscular e desidratação nesses pacientes.
O Diabetes Gestacional ocorre durante a gravidez e, embora muitas vezes se resolva após o parto, em alguns casos pode persistir como Diabetes Tipo 2.
A Reversão do Diabetes Tipo 2: Um Olhar para Nossos Ancestrais
O ponto crucial abordado é a possibilidade de reversão do Diabetes Tipo 2 em pacientes que não utilizam insulina. A chave reside em duas estratégias fundamentais: atividade física regular moderada e uma alimentação controlada e rica em carnes gordas e frutas de baixo índice glicemico.
Essa abordagem se alinha perfeitamente com os princípios da alimentação ancestral, que valoriza alimentos da natureza. A atividade física regular, parte intrínseca do estilo de vida de nossos ancestrais, potencializa a utilização da glicose pelos músculos e melhora a sensibilidade à insulina.
O Poder do Jejum Inteligente e da Autofagia
Adicionalmente, a prática do jejum inteligente pode ser uma ferramenta poderosa no controle e potencial reversão do Diabetes Tipo 2. O jejum desencadeia a autofagia, um mecanismo natural de "auto-limpeza" do corpo, onde células danificadas e proteínas glicadas podem ser removidas e recicladas. Essa faxina celular contribui significativamente para a recuperação da saúde metabólica e para a potencialização dos efeitos da alimentação ancestral.
A Importância do Acompanhamento Profissional na Jornada de Reversão
A jornada de controle e reversão do diabetes requer acompanhamento qualificado, com profissionais que possuam uma visão atualizada e que compreendam a importância da alimentação ancestral e do jejum inteligente como ferramentas terapêuticas.
A "pílula mágica" não existe. A verdadeira transformação ocorre através da mudança de hábitos e do alinhamento com a nossa biologia ancestral.
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Me dá uma aflição quando vejo tanta gente usando insulina como se fosse a única solução para a diabetes tipo 2, as vezes acho que até para diabetes tipo 1. Ou então, as canetinhas... O que me intriga um pouco são pessoas magras pré/diabéticas. Uma dieta zero carbo é possível e ajudaria tanta gente. Claro que mesmo numa dieta carnívora a insulina é acionada, só de pensarmos em comida até mesmo, mas isso é o natural do corpo. A resposta geralmente é acessível a todos, é ancestral. Certo? Amélia, você já estudou sobre resistência a leptina? Queria saber sua visão sobre.