Coenzima Q10: O Segredo da Sua Energia e Longevidade e a Conexão Escondida com as Estatinas
- Amelia Bretas
- 20 de jun.
- 4 min de leitura
A busca por mais energia, performance e um envelhecimento com qualidade é uma constante na vida de muitos. Nesse cenário, um nome surge com frequência: a coenzima Q10 (CoQ10), também conhecida como ubiquinona. Não é à toa que ela é tão celebrada no universo da saúde integrativa e longevidade. Seus impactos na performance e na diminuição da velocidade do envelhecimento são notáveis. Mas vamos mergulhar um pouco mais fundo para entender o que faz dessa "acetona" um verdadeiro elixir para o nosso corpo.

A ubiquinona é uma substância derivada do mevalonato, que, curiosamente, é também o precursor do colesterol. Essa conexão é crucial para entendermos os riscos de certos medicamentos, como as estatinas, que visam reduzir o colesterol. Enquanto a ubiquinona é a forma bruta, sua atuação principal se dá como ubiquinol, a forma ativa e reduzida que nosso corpo utiliza para todas as suas funções metabólicas. Em situações de estresse oxidativo intenso – um excesso de radicais livres no sangue – o ubiquinol pode, infelizmente, retornar à forma de ubiquinona, o que representa um desperdício para o corpo, já que o ubiquinol é a forma mais eficaz e de maior custo.
A CoQ10 e a Mitocôndria: A Usina de Energia da Sua Célula
O principal mecanismo de ação da Coenzima Q10 está intrinsecamente ligado à produção de energia em nossas células. Para simplificar, quando a glicose é transformada em energia, ela passa por um complexo processo dentro das mitocôndrias – as verdadeiras usinas de força de cada célula. As mitocôndrias, que podem ser centenas ou milhares em cada célula, são responsáveis por gerar ATP (adenosina trifosfato), a moeda de energia do nosso corpo.
Dentro da mitocôndria, a CoQ10 atua em um ponto chave da cadeia transportadora de elétrons, garantindo que os hidrogênios (que são elétrons) não se percam. Essa função é vital não só para a produção de ATP, mas também para evitar a formação excessiva de radicais livres. Se esses elétrons se perdem, geramos estresse oxidativo, o que impacta diretamente a saúde e o envelhecimento. Por isso, a CoQ10 é considerada o principal antioxidante dessa cascata energética.
Não é por acaso que o cardiologista Stephen Sinatra descreveu o "Quinteto de Sinatra", que inclui a CoQ10, magnésio, D-ribose, ácido alfa-lipóico e L-carnitina, como cofatores essenciais para a produção abundante de ATP nas mitocôndrias. Hoje, já se fala até em um "sexteto" com a adição da PQQ (pirroloquinolina quinona). A CoQ10 é, portanto, uma peça fundamental para alta performance em todos os aspectos da vida, incluindo sistema imunológico e capacidade cognitiva.
Onde Encontramos Mais CoQ10 e Por Que Ela é Essencial?
A CoQ10 é mais abundante em tecidos com alta demanda energética: cérebro, coração, músculos esqueléticos e musculatura lisa. Observa-se que a diminuição da CoQ10 na musculatura esquelética está associada à maior degradação muscular e pode ser uma das causas da dor muscular. Estudos iniciais sobre a CoQ10 já demonstravam que pacientes idosos com baixos níveis apresentavam perda muscular.
A Ligação Perigosa com as Estatinas e a Importância da Tirosina
Aqui reside um ponto crucial que muitos desconhecem: as estatinas, medicamentos largamente prescritos para reduzir o colesterol, atuam inibindo a enzima responsável pela produção de colesterol a partir do mevalonato. O problema é que essa mesma via metabólica é a origem da CoQ10. Dessa forma, o uso de estatinas também reduz os níveis de Coenzima Q10 no corpo, o que pode explicar a dor muscular, um dos principais efeitos adversos do seu uso.
Muitos medicamentos são prescritos sem real necessidade e alguns estudos chegam a indicar que, para cada 150 pessoas tomando estatinas, apenas uma realmente precisaria. No entanto, para aqueles que de fato necessitam do medicamento, é imperativo que a Coenzima Q10 seja suplementada em conjunto para minimizar os danos. É importante ressaltar que a suplementação minimiza, mas não anula os danos, pois a estatina também diminui a lipoproteína que transporta a CoQ10 pelo sangue.
Além disso, a CoQ10 também está associada à produção de linfócitos, células de defesa do nosso corpo. Portanto, em pacientes que utilizam estatinas, é importante monitorar os níveis de leucócitos, pois uma queda pode indicar uma diminuição na capacidade de defesa.
Para estimular a produção natural de CoQ10, um aminoácido fundamental é a tirosina. A tirosina é abundante no corpo e participa da síntese de diversas estruturas vitais, como a dopamina (neurotransmissor do bem-estar), melanina e hormônios da tireoide (T3 e T4). Em casos de doenças como Parkinson (associada à diminuição de dopamina), depressão e hipotireoidismo (com aumento do TSH), deve ser investigada a possibilidade de deficiência de tirosina, o que justificaria a suplementação estratégica de L-tirosina e CoQ10.
A Coenzima Q10 na Alimentação Ancestral
Como especialista em alimentação ancestral, reafirmo a importância de uma dieta rica em carnes e vísceras. As carnes, especialmente as vermelhas, são fontes naturais de Coenzima Q10. Frutas vermelhas, chás e coco, embora não sejam fontes primárias de CoQ10, contribuem com outros antioxidantes e nutrientes que apoiam a saúde mitocondrial e a redução do estresse oxidativo, criando um ambiente favorável para o funcionamento ideal da CoQ10 e de todo o seu metabolismo energético.
Lembre-se, suplementos devem ser usados em períodos estratégicos, com o objetivo de suprir necessidades específicas e auxiliar o corpo em sua autorregulação. O conhecimento da bioquímica do corpo, aliado a uma alimentação ancestral, é a base para uma saúde de verdade. Buscar um bom profissional de saúde, que entenda dessa parte, é fundamental para orientar o uso e a dosagem de qualquer suplemento.
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